quinta-feira, 10 de março de 2016
quinta-feira, 3 de março de 2016
William Marrion Branham
William Marrion Branham (Burkesville, 06 de abril de 1909 - Amarillo, 24 de Dezembro de 1965), foi um ministro cristão americano. Aos vinte e dois anos de idade casou-se com Hope Brumbach, com a qual teve dois filhos, Billy Paul e Sharon Rose Branham. E durante um perído de enchente que ocorreu em 1937 no rio Ohio, perdeu sua jovem esposa e a filhinha. Depois de viver alguns anos como viúvo, ele se casou novamente, no dia 23 de outubro de 1941, com Meda Broy, sobre quem ele faz referência, pregando na abertura do Sexto Selo: “E mesmo gostando muito dela, eu não teria me casado com ela se Deus não tivesse dito para fazê-lo...” Meda Branham lhe deu três filhos: Rebeca, Sara e José Branham.
Juventude, conversão e ordenação
Branham nasceu em uma cabana, nas montanhas de Kentucky, sendo o primeiro dos nove filhos de Charles e Ella Branham. Branham descreve, desde a tenra infância, ter passado por experiências sobrenaturais, incluindo muitas visões. Ele conta que em uma ocasião, durante sua adolescência, foi chamado por uma astróloga, que lhe contou que ele havia nascido sob um sinal especial. A família de Branham não era religiosa; todavia ele conta ter tido um contato mínimo com o Cristianismo durante sua infância. Branham narra sua experiência de conversão no final da década de 1920, quando posteriormente foi ordenado pastor batista em Jeffersonville. Em 1936, Branham foi convidado a pregar em uma convenção de igrejas da Unicidade Pentecostal, e recebeu convites para nelas integrar-se. Branham conta que, pressionado por sua sogra, inicialmente não aceitou esses convites, o que resultou em grandes tragédias, incluindo a morte de sua primeira esposa e filha.
O seu ministério
Por volta da metade da década de 1940, Branham estava conduzindo campanhas de cura quase que exclusivamente com as igrejas da Unicidade Pentecostal. A expansão do ministério de Branham com a comunidade pentecostal se deu com a introdução de Gordon Lindsay em 1947, que rapidamente se tornou seu administrador e promotor. Neste tempo, muitos outros preeminentes pentecostais ingressaram junto ao seu corpo de ministros, como Ern Baxter e FF. Bosworth. Gordon Lindsay provou ser um capazdivulgador, fundando a revista A Voz da Cura em 1948, que iniciou-se reportando as campanhas de cura de Branham.
A partir da metade da década de 1950, Branham sempre tratava abertamente da doutrina bíblica, indicando uma posição mais na linha da Unicidade, posição referente à divindade, e pelo final dos anos 50 ele declarava expressamente que a Trindade como apresentada pela maioria das igrejas não tinha base escritural, e havia se iniciado no Concílio de Niceia com crenças pagãs de roma.
As visitações do Anjo e os sinais sobrenaturais
Segundo o próprio William Branham, sinais sobrenaturais lhe foram dados a fim de convencer as pessoas de que ele era um servo de Deus (Cristão). Um sinal físico aparecia em suas mãos a fim de indicar a doença antes mesmo de ela ser notada por médicos. Posteriormente, ele afirmou que, revelado por Deus, conhecia os segredos e necessidades individuais das pessoas que procuravam por seus serviços, através do Espírito Santo, com o objetivo de curá-las de suas doenças. Para alguns, esses sinais, além de outras afirmações feitas pelo líder religioso, atestam que Branham foi um profeta em cumprimento as profecias escriturísticas sobre os últimos tempos descritas no livro de Malaquias, capítulo 4:5, 6. Tal versículo, inclusive, é frequentemente utilizado nas palestras ministradas por William Branham como meio de comunicação de sua identificação bíblica.
As descrições de Branham acerca de suas experiências sobrenaturais remontam à sua infância. Como jovem, ele foi considerado "nervoso", porque falava de suas visões e da voz que lhe falava como um vento, que lhe dizia: "Nunca beba, ou fume, ou polua o seu corpo. Haverá um trabalho para você fazer quando tornar-se mais velho". Esta visão, assim como outras informações que podem ser colhidas nos registros de suas palestras, poderiam, caso tivessem sido melhor estudadas, levar a um diagnóstico do perfil psicológico de William Branham, assim como defendem estudiosos da psiquiatria e historiadores da religião cristã moderna. Outro exemplo citado, é o fato de que, pouco depois de ser ordenado, ele estava batizando algumas pessoas em 11 de junho de 1933 no Rio Ohio perto de Jeffersonville, quando uma ardente e brilhante bola de fogo apareceu a cerca de não mais de 50 metros do solo. Em descrições posteriores ele noticia que, na ocasião, não só ele, mas todos os presentes ouviram uma voz que disse, "Como João Batista precursou a primeira vinda de Cristo, a sua mensagem precursará a sua segunda vinda!".
Branham declarou que ele estava orando sozinho, tarde da noite, durante sua busca por um sentido na sua vida, em que havia muitas coisas estranhas, em 1946 ou 1947, quando um anjo de luz lhe apareceu, dizendo: "Não temas. Eu sou um enviado da presença do Deus Altíssimo para lhe dizer que seu peculiar nascimento e sua vida estranha serviu para indicar que você tem uma mensagem a ser pregada às pessoas do Mundo. Se você for sincero na sua oração e fizer com que as pessoas creiam em ti, nada subsistirá diante da sua oração, nem mesmo o câncer. Você viajará por muitas partes da Terra e orará por reis, legisladores e muitos. Você irá pregar por multidões ao redor do mundo." Branham mais tarde defendeu que seu ministério e seus encontros com grandes homens das nações foi o cumprimento desta profecia.
O compromisso de Branham com o sobrenatural incluiu declarações de milagres. Ele declarou que, em 1948, Deus lhe mostrou em uma visão um garoto espedaçado em uma rodovia, o qual foi ressuscitado. Nesta data, ele pediu para que as pessoas na audiência marcassem sua declaração nas capas de suas Bíblias. Seu testemunho conclui então que tal manifestação se cumpriu dois anos depois, numa viagem missionária a Helsinque, na Finlândia, em 1950, por razão de um atropelamento próximo a Kuopio, vitimando um garoto que andava de bicicleta. Branham surgiu logo após o fato no local do acidente, quando viu o corpo despedaçado do menino e então se recordou da visão. Orou pelo garoto que levantou-se vivo no mesmo instante, na presença de todos, fato que, segundo conta, foi publicado na revista local, e testemunhado por muitos, inclusive policiais rodoviários. Contudo, não há nenhum documento atual que ateste este episódio, nem declarações testemunhais ou qualquer exemplar da revista citada, e o único registro acaba por ser a própria afirmação de William Branham em seus cultos.
Numa noite de 24 de janeiro de 1950, uma fotografia foi tirada durante um encontro de pregação no Sam Houston Coliseum Estádio, em Houston, Texas. Branham estava parado no pódio, manifestou-se um halo de fogo por sobre sua cabeça. Uma fotografia deste fenômeno foi tirada, sendo a única do filme fotográfico que não se queimou.George J. Lacy, o Investigador de documentos do FBI, famoso no mundo todo, sujeitou o negativo a teste e declarou em uma conferência que, "No meu conhecimento, esta é a primeira vez em toda a história do mundo que um ser sobrenatural foi fotografado e comprovado cientificamente".
Dentre as profecias ditas pelo William Branham, uma é bastante mencionada dentre os adeptos da religião e, principalmente, por quem questiona a idoneidade de sua vindicação profética: William Branham disse ao seu filho, Billy Paul, que a costa da Califórnia afundaria. O desastre deveria ocorrer num tempo próximo, pois Branham disse que seu filho veria este acontecimento antes mesmo de se tornar um homem velho. Segundo William Branham a visão não lhe deixou claro o tempo que essa catástrofe ocorreria, porém segundo seus estudos bíblicos ele acreditava que o fim do mundo se daria em 1977, provavelmente por isso, acreditava que o afundamento da Califórnia se daria antes de seu filho Billy Paul se tornasse velho.
Seus últimos dias
Em 18 de dezembro de 1965, William Branham e sua família retornavam a Jeffersonville, para os feriados de Natal. Em cerca de 5 quilômetros ao leste de Friona, Texas, o veículo de Branham abalroou outro veículo, vindo na contramão com um dos faróis desligado. Com o acidente, a esposa Meda e sua filha Sarah ficaram gravemente feridas. Relatou-se que Meda teria morrido e ressuscitado por uma oração de Branham, ainda consciente.
Sarah pediu-lhe que orasse por ele mesmo para que não morresse, porém ele sabia que sua hora havia chegado. Socorridos, Branham e sua família foram removidos do carro e transportados até o Hospital de Friona, sendo depois levados ao Hospital de Amarillo, Texas e ao chegar no hospital todos que estavam lá ficaram curados mesmo os que estavam na U.T.I. Lá, Branham sobreviveu por seis dias, morrendo na véspera de Natal, em 24 de dezembro de 1965, às 17:49h. Seu corpo foi levado à Jeffersonville.
Já na cidade alguns fanáticos não queriam que ele fosse enterrado, esperando que ele ressuscitasse. Meda teve que ir à justiça pedir para enterrá-lo. O sepultamento só ocorreu três meses após sua morte.
Quando ainda estava em vida William Branham condenou fortemente esse espírito de fanatismo, dizendo que era demoníaco. Em seus sermões ele dizia: "Não olhe para esse baixinho careca, olhe para Deus".
Crentes da Mensagem
Os Crentes da Mensagem não se organizam em forma monástica, nem tampouco em associações. Desta forma, não existe uma organização religiosa que coordene ou em que se vinculem. Tal premissa tem permitido um acréscimo substancial de crentes quem sem muitos apelos ou manifestações grandiosas, como fazem a maioria das denominações conhecidas, vem se juntando a essa Mensagem como em Atos 5:13-14.
No Brasil, as igrejas que sustentam os ensinamentos de William M. Branham seguem ramificações doutrinárias distintas, resultado de um desmembramento que se intensificou nos últimos anos (principalmente a partir da década de 1990).
Estatísticas atuais, com base na distribuição de literaturas dos sermões de Branham, apontam que o número de seguidores está na casa dos milhões em todo o mundo[4] .
Somente na Índia, por exemplo, dois milhões de Mensagens foram publicadas.[5] A exemplo da Índia, na Ásia, da América do Sul e da África, tal religião alcança com maior facilidade regiões de extrema pobreza e miséria, o que diagnostica a prevalência do viés missionário das religiões cristãs modernas, além desta estatística confirmar o histórico das campanhas realizadas pelo próprio William Branham que se focavam quase exclusivamente no continente Africano, procurando alcançar "as pessoas de cor e sem Deus", como comumente se referia aos moradores daquele lugar.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Balmer, Randall Herbert (2004). Encyclopedia of Evangelicalism (em inglés). Baylor University Press [S.l.] pp. 97–98. ISBN 193279204X.
- Bowden, Henry Warner (1993). Dictionary of American Religious Biography (em inglés). Greenwood Publishing Group [S.l.] ISBN 0-313-27825-3.
- Hall, Timothy L. (2003). American Religious Leaders Infobase Publishing [S.l.] pp. 34–35. ISBN 1438108060.
- Krapohl, Robert H.; Lippy, Charles H. (1999). The Evangelicals: A Historical, Thematic, and Biographical Guide (em inglés). Greenwood Publishing Group [S.l.] ISBN 0-313-30103-4.
- Morris, Russell A.; Lioy, Daniel T. (2012). "A historical and theological framework for understanding word of faith theology". Conspectus: The Journal of the South African Theological Seminary (em inglés). [S.l.: s.n.] 13: 73–115. ISSN 1996-8167.
- Weaver, C. Douglas (2000). The Healer-prophet: William Marrion Branham : a Study of the Prophetic in American Pentecostalism Mercer University Press [S.l.]ISBN 0865547106.
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